Entrevista a Sérgio Baptista
(10 de Julho de 2009 )
- Como é que teve conhecimento do Seminário de Seitai Japan Project?
Através da newsletter da Associação Toyo Igaku. Recebo-a porque fui aluno de Shiatsu e de Zen-Shiatsu no Centro Funada.
- O que é que o levou a escolher o Seminário de Seitai Japan Project?
- Qual é a dificuldade em aprender Seitai comparando-o com o Shiatsu?
O Seminário de Seitai Japan Project não representou, propriamente, uma novidade para mim, pois serviu de reciclagem dos conhecimentos adquiridos nos três seminários de Técnicas de Seitai do Centro Funada, que frequentei há algum tempo, nomeadamente, em Outubro de 2005, altura da minha primeira abordagem das técnicas, em Maio de 2006, com uma segunda abordagem, e em Julho de 2006, altura da terceira parte das Técnicas de Seitai. Tendo já decorrido algum tempo, senti necessidade de reciclar os conhecimentos adquiridos, enriquecendo-os, com novas práticas e novas abordagens.
No início, é a falta de à-vontade, a falta de confiança, o receio de fazer força a mais, de ir além dos limites do corpo do paciente. Uma vez ultrapassado isso, e tendo uma noção real do que está a acontecer, é uma questão de desenvolver as técnicas no dia-a-dia, praticar para alcançar o patamar em que já se está ciente de que a manipulação é boa, ou se se está exercer muita ou pouco força. Muitas vezes, o paciente tem receio de dizer se está a doer ou não. A experiência torna-se importante, já que a sensação e a intuição levam a acertar no “limite” do paciente para causar o efeito que se pretende. É preciso sentir.
Comparando-o com o Shiatsu, eu diria que são complementares, coadjuvantes entre si, contribuido, sem dúvida, para um maior bem-estar do paciente, podendo, porém, existir em separado, ou seja, é perfeitamente possível executar uma sessão de Seitai sem a intervenção do Shiatsu, e vice-versa.
- Como foi o ambiente das aulas?
- O que quer fazer no Japão durante a estada de 10 dias?
Perfeito. O que gosto nos cursos e seminários que decorrem neste Centro Funada é a componente prática, o lado activo e participativo na forma de ensinar e transmitir know-how. Aprende-se a teórica pela prática. As demonstrações, o “ter a mão na massa” são mais importantes do que o saber livresco. O verdadeiro conhecimento adquire-se pela manipulação, pelo toque, pelo sentir, pela tentativa-erro.
Gostava de visitar Kyoto. É uma cidade que exerce uma certa atracção, um certo fascínio. Os templos, os jardins zen interessam-me, pois tenho lido muito sobre isso. Também quero visitar clínicas, espaços de Shiatsu e de Seitai, pois sou da opinião que olhando um profissional a trabalhar também se aprende. Se houver possibilidade de experimentar trabalhar lá e que um profissional de lá possa fazer o seu juízo acerca dos meus conhecimentos, isso seria muito importante para a mim, em termos de valorização, auto-estima e autoconfiança.